quinta-feira, 2 de julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Projeto

Problema

O trabalho irá contribuir para que os integrantes da comunidade escolar aprendam qual o papel do sangue no organismo, os cuidados básicos relacionados a sua manipulação e também oferecerá a oportunidade para aqueles que não sabem o seu tipo sanguíneo conhecê-lo.


Justificativa

O sangue, embora seja essencial na manutenção homeostática do organismo, os alunos do Ensino Médio desconhecem muitas de suas funções e também os cuidados necessários para que tenham uma vida saudável. Além disso, muitas pessoas chegam à idade adulta sem conhecer o seu tipo sanguíneo, o que pode trazer transtornos futuros. O projeto também será importante para a sensibilização das pessoas a respeito da doação de sangue, a qual pode contribuir de forma significativa para salvar vidas.

Público Alvo

Alunos do Ensino Médio, da Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo e visitantes.


Objetivo

O que desejamos com o trabalho:

Mostrar ao público alvo o papel do sangue no organismo e a sua importância na manutenção da saúde;
Sensibilizar as pessoas a respeito da doação de sangue;
Levar informações sobre enfermidades que envolvem o sangue;
Demonstrar como são realizados os testes de grupo Rh e ABO para tipagem sanguínea.


Metodologia


Estabelecimento dos objetivos e escolha dos itens da pesquisa: para o cumprimento de tal etapa, o grupo buscou auxílio de professores e estudantes de biologia. Depois disso, os assuntos foram divididos entre os integrantes, aos quais coube realizar a pesquisa bibliográfica, a partir de sites de busca e livros didáticos.

Busca de patrocínio: o grupo tentará obter patrocínio de empresas e instituições. Para isso, fará uma lista de prováveis patrocinadores, aos quais serão enviadas cartas de patrocínio por meio de algum integrante do grupo.

Delineamento e montagem da apresentação: o grupo se reunirá para discutir a respeito da apresentação do tema e fará a montagem da mesma, confeccionando cartazes, cartilhas, banner, vídeos, etc.

Aquisição de materiais: os materiais a serem utilizados serão comprados pelos integrantes do grupo, caso não seja conseguido patrocínio.

Teste do experimento: o grupo testará o experimento a ser realizado no dia da apresentação.

Montagem da apresentação final: nessa etapa, o grupo se reunirá para discutir os últimos detalhes da apresentação do trabalho.

Apresentação final: a apresentação final será realizada na feira de Ciências, na qual o grupo irá expor todo o material confeccionado anteriormente, realizará a apresentação oral a respeito do tema estudado, bem como o teste de fator Rh e grupo ABO em voluntários.


Cronograma


Estabelecimento dos objetivos e escolha dos itens da pesquisa: 15/05/09 á 20/06/09

Busca de patrocínio: 01/07/09 á 10/08/09

Delineamento e montagem da apresentação: 10/07/09 á 10/08/09.

Aquisição de materiais: 20/07/09 á 15/08/09.

Teste do experimento: Após a aquisição do material.

Montagem da apresentação final: 20/08/09 á 31/08/09.

Produção de vídeo sobre o tema: 20/07/09 á 30/07/09.

Apresentação final: 08, 09 ou 10/09/09.


Planilha de custos


Experimento: determinação dos grupos sanguíneos ABO e Rh

Introdução

Existem circulando em nosso organismo moléculas potencialmente antigênicas que, enquanto vistas pelo sistema imune como “próprias”, são toleradas e não induzem respostas imunes. Estas mesmas moléculas quando colocadas em contato com as células e moléculas do sistema imune de outro individuo induzirão respostas imunológicas vigorosas. Um exemplo clássico são os antígenos de sistema ABO e Rh. Para que o sangue de um individuo seja classificado como B, por exemplo, é necessário que existam na superfície de suas hemácias o antígeno B. De forma geral não serão formadas respostas imunes contra este antígeno, entretanto se o antígeno B entrar em contato com o sistema imune de um individuo que seja A, este segundo sistema imune montará rapidamente uma resposta contra as hemácias possuidoras do antígeno B. Este processo, conhecido como rejeição, culminará com a destruição das hemácias possuidoras deste antígeno B. É interessante notar que a resposta formada contra os Ag’s de sistema ABO é rápida por ser pré formada, ou seja, mesmo antes da transfusão com as hemácias B ocorrer existem, previamente formadas, IgM anti B circulantes. Estas Ig’s são formadas continuamente no organismo já que o Ag B é ubíquo, existe não só em superfície de hemácias, mas também em alimentos – principalmente de origem vegetal – e em cápsulas de bactérias componentes da microbiota humana normal.

Procedimento

• Limpar a ponta do dedo com o algodão embebido em álcool.
• Perfurar com a lanceta descartável
• Pingar três gotas de sangue na lâmina limpa, uma em cada extremidade, e outra no meio.
• Rapidamente, colocar sobre cada gota de sangue um antisoro diferente (anti-A sobre a gota esquerda e anti-B na gota da direita da lâmina A, anti AB sobre a esquerda e anti-D – anti-Rh – na gota da direita da lâmina B).
• Homogeneizar o sangue com o antisoro com movimentos oscilantes da lâmina.
• Observar a aglutinação em até, no máximo, 2 minutos.

Interpretação dos resultados

A aglutinação é decorrente da interligação de hemácias via Ac’s, portanto, a aglutinação (+) frente ao antisoro adicionado indica que na superfície das hemácias testadas havia aquele Ag. A ausência de aglutinação é indicada por “-“. Assim:



O grupo sanguíneo ABO

Uma pessoa do tipo sanguíneo A recebe sangue do tipo B as hemácias contidas no sangue doado seriam aglutinadas pela aglutinação anti-B do receptor. Da mesma forma, se a pessoa for do tipo sanguíneo B recebesse sangue do tipo A, as hemácias recebidas do doador seriam aglutinadas pelos anticorpos anti-A do recebedor. Pessoa do tipo sanguíneo O são doadores universais, uma vez que não possuem nenhum dos aglutinogênios nas hemácias. Pessoas do tipo AB por não possuírem nem aglutinina anti-A , nem aglutinina anti-B, atuam como receptores universais.

O Grupo Sanguíneo Rh

O fator Rh estimula a produção de anticorpos responsáveis pela destruição das hemácias. Ao analisar o sangue humano, verificou-se que 85% da população apresenta o fator Rh nas hemácias e são classificados como indivíduos do grupo sanguíneo Rh (positivo) . Os 15% restantes não tem o fator Rh e são indivíduos Rh (negativo).

Ao contrario do que ocorre no grupo AB, os anticorpos anti-Rh não são naturais. Isto quer dizer que a sua população deve ser descoberta de uma sensibilidade prévia. Assim, se uma pessoa Rh (negativo) receber sangue RH(positivo) em uma primeira transfusão, ela será sensibilizada e produzira anticorpos anti-Rh. No caso de haver uma segunda transfusão de sangue Rh (positivo), poderá ocorrer destruição das hemácias no organismo receptor, revelando incompatibilidade sangüínea.
Bibliografia
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H. Imunologia básica: funções e distúrbios do sistema imunológico. Rio de Janeiro: Saunders Elsevier, 2007. 354 p.

BIRNER, Ernesto; UZUNIAN Armênio. Biologia. São Paulo: Harbra. 2001. 782 p.

Eritroblastose fetal

Essa doença ocorre em crianças Rh (positivo) filhas de mães Rh (negativo). Próximo ao fim da gravidez, é comum haver pequenas rupturas placentárias que permitem a passagem de hemácias fetais para o sangue materno. A mãe, assim, e sensibilizada e passa a produzir anticorpos anti-Rh. A primeira criança, em geral, nada sofre, uma vez que a produção de anticorpos é lenta e o parto ocorre logo em seguida. Numa segunda gravidez do feto Rh (positivo), porém, anticorpos maternos anti-Rh pré-existentes cruzem a placenta e atingem o sangue do feto, provocando a destruição das hemácias fetais( hemólise), com serias conseqüências para a vida da criança.
Bibliografia
BIRNER, Ernesto; UZUNIAN Armênio. Biologia. São Paulo: Harbra. 2001. 782 p.

Doenças transmitidas através do sangue

As principais formas de contágio por doenças transmitidas pelo sangue são:
• Relação sexual sem uso de camisinha.
• Uso de drogas injetáveis , compartilhando agulhas e seringas.
• Transfusão de sangue não testado.
• De mãe para filho (durante a gravidez, no parto ou através do aleitamento materno) nos casos de AIDS, HTLV.

Tomando alguns cuidados muito simples podemos estar bem protegidos contra essas doenças:

• Use sempre camisinha nas relações sexuais (sexo vaginal, oral ou anal).
• Utilize somente agulhas e seringas descartáveis.
• Receba transfusão somente de sangue comprovadamente testado.

Hepatites B e C

São doenças causadas por vírus que contaminam o fígado, provocando uma inflamação crônica ou aguda. Aparecem com freqüência na região amazônica e os principais sintomas são dores abdominais, febre (37ºC a 39ºC), icterícia (olhos e pele amarelados) e urina escura.
Em muitos casos o portador do vírus pode não desenvolver a doença.

AIDS

Transmitida pelo vírus HIV, que ataca as células de defesa do organismo. Os portadores deste vírus ficam mais expostos a inúmeras doenças infecciosas que, em muitos casos, levam à morte. A Aids não se manifesta logo após a entrada do vírus no organismo. Os sintomas podem levar de 3 a 10 anos para aparecer e os principais são: emagrecimento excessivo, queda de cabelo, diarréias freqüentes e infecções de repetição, principalmente as respiratórias.

Sífilis

Doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema Paladium. A primeira fase da sífilis é caracterizada pelo surgimento de feridas nos órgãos genitais (do homem ou da mulher). Essas feridas não doem e desaparecem mesmo sem tratamento. Sem tratamento, cerca de 6 meses depois, inicia-se a segunda fase da doença: manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente na palma das mãos e nas plantas dos pés. Continuando sem tratamento, surge a terceira fase, causando problemas no cérebro, coração e ossos. Nesses casos, a sífilis pode causar a morte.

Malária

Causada principalmente por parasitas do gênero Plasmodium das espécies P. Vivax e P.Falciparum, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles, que costuma estar presente em áreas de desmatamento recente.
Os principais sintomas da malária são febre, calafrios e dor de cabeça, que acontecem quase sempre juntos. A febre e os calafrios aparecem normalmente no mesmo horário e em dias seguidos.

Doença de Chagas

É uma doença causada pelo parasita Trypanossama Cruzi, transmitido pelo inseto conhecido como Barbeiro ou Chupança, encontrado na mata, em casas de barro e de madeira.
Muitas vezes a pessoa portadora do parasita não apresenta nenhum sintoma da doença por vários anos.
A Doença de Chagas atinge o coração e órgãos do aparelho digestivo, comprometendo o funcionamento destes órgãos.

HTLV (I e II)

É um vírus que ataca células de defesa do organismo. O HTLV, quando adquirido pode permanecer no organismo por um longo período sem causar nenhum sintoma de doença. Esse período pode ser de até 20 anos.
Bibliografia
CAMPOS, Shirley. Medicina avançada. Disponível em: www.drashirleydecampos.com.br/noticias/159. Acesso em 20 jun 2009.

Doação de sangue

Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou para um uso subseqüente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde.

Medula Óssea

A medula óssea, também conhecida como tutano, é um tecido gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica os elementos figurados do sangue periférico como: hemácias, leucócitos e plaquetas. Esses componentes do sangue são renovados continuamente e a medula óssea é quem se encarrega desta renovação.

É onde estão as células progenitoras das células sanguíneas. Ali também têm origem as alterações que vão ser responsáveis por inúmeras doenças.
A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos.

Leucemia

Leucemia é o nome dado a cânceres no sangue. Ocorre quando a medula óssea produz grande quantidade de células brancas diminuindo assim a produção das células vermelhas e plaquetas. Com a produção exagerada de células brancas, estas não conseguem atingir a maturidade e adoecem impedindo que suas funções sejam desempenhadas normalmente.

Tais alterações provocam anemia, infecções, hemorragias e manchas no organismo, pois os glóbulos vermelhos que levam o oxigênio por todo o corpo, os glóbulos brancos que combatem vírus e bactérias e as plaquetas que auxiliam na coagulação do sangue não mais desempenham suas funções adequadamente.

Pode ser linfóide, quando as células anormais afetam os linfócitos, e mielóide, quando as células anormais afetam as células mielóides. Ainda pode ser classificada como aguda, quando há o crescimento quantitativo de células sanguíneas imaturas, e crônica quando há o crescimento quantitativo de células sanguíneas maduras e anormais.

O tratamento é variável de acordo com a classificação da doença, mas independente de como é feito, busca destruir as células anormais a fim de que a medula óssea consiga produzir novamente células normais. Podem-se utilizar transfusões e quimioterapia isolada ou associada à terapia ortomolecular ou naturopática.

Ás vezes, é necessário o transplante de medula óssea é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Bibliografia
CABRAL, Gabriela. Leucemia. Brasil escola. Disponível em: www.brasilescola.com/doencas/o-que-e-leucemia.htm. Acesso em 25 jun 2009.